Médicos e profissionais de saúde criticaram o governo britânico neste sábado (18) por sugerir que os equipamentos de proteção individual (EPIs) usados no tratamento de pacientes com coronavírus poderiam ser reutilizados, uma vez que os suprimentos estão em falta no país.
O Reino Unido está perto ou no pico de uma crise de saúde na qual mais de 15.000 pessoas morreram - o quinto número mais alto de mortes em uma pandemia ligada a pelo menos 150.000 mortes em todo o mundo.
Dados publicados neste sábado mostraram que 15.464 pessoas morreram em hospitais britânicos após testes positivos para coronavírus - um aumento de 888 nas 24 horas até sexta-feira à tarde. Esse aumento é maior do que nos dias recentes, mas abaixo do número diário mais alto de mortes, 980, há pouco mais de uma semana.
Um porta-voz do Departamento de Saúde afirmou que a orientação é garantir que a equipe saiba o que fazer para minimizar os riscos caso ocorra escassez. Eles disseram que as novas regras permanecem alinhadas com os padrões internacionais.
O secretário de Saúde, Matt Hancock, disse a um comitê de parlamentares na sexta-feira que o Reino Unido está "apertado em vestidos", mas tinha mais 55.000 chegando e a intenção é levar o equipamento onde se faz necessário até o final deste fim de semana.
O sindicato Unite informou ter dito a seus membros que eles poderiam se recusar legalmente a trabalhar para evitar riscos, descrevendo a situação dos EPIs como um "escândalo nacional".
O Royal College of Nursing disse que escreveu "nos termos mais fortes" para expressar suas preocupações com a mudança de regras e disse que não havia sido consultado sobre elas.
A rainha Elizabeth cancelou os planos de celebrar publicamente seu aniversário de 94 anos na terça-feira, por considerar que não seria adequado nas circunstâncias atuais. Agencia Brasil.
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