O desfile das escolas de samba mirins do Rio de Janeiro no Sambódromo terá início, excepcionalmente, às 16h desta terça-feira (25), com a agremiação Ainda Existem Crianças de Vila Kennedy. Em seguida, entram na Marquês de Sapucaí: Corações Unidos do Ciep, Golfinhos do Rio de Janeiro, Pimpolhos da Grande Rio, Miúda da Cabuçu, Mangueira do Amanhã, Filhos da Águia, Inocentes da Caprichosos, Império do Futuro, Herdeiros da Vila, Aprendizes do Salgueiro, Infantes do Lins, Estrelinha da Mocidade, Petizes da Penha, Nova Geração do Estácio e Tijuquinha do Borel.
A ordem dos desfiles foi sorteada em agosto do ano passado pela Associação de Escolas de Samba Mirins do Rio de Janeiro (Aesm-Rio), entidade fundada em junho de 2002. Mas devido à violência na comunidade, a Aesm-Rio concordou em alterar a ordem do sorteio, aprovando a alteração em plenário, e subiu a escola Ainda Existem Crianças de Vila Kennedy, que vai abrir os desfiles, seguida da Corações Unidos do Ciep. Os desfiles são gratuitos e abertos ao público.
Direção correta
O presidente da Aesm-Rio, Edson Marinho, disse que ver os pequenos desfilarem mostra que o objetivo do trabalho está na direção correta. “Está formando cidadãos de bem e os sambistas de amanhã”. Lembrou que alguns dos meninos que desfilaram nas escolas mirins no passado estão hoje brilhando nas grandes escolas. É o caso de Xande de Pilares, Dudu Nobre, Tinga; o cantor Leozinho, da São Clemente. “Pretinho da Serrinha veio da Império do Futuro, Leandro Santos veio da Mangueira do Amanhã. A gente se sente orgulhoso em saber que o trabalho está dando frutos”, afirmou.
Para Edson Marinho, a apresentação das escolas mirins na terça-feira de carnaval, na Marquês de Sapucaí, é positiva devido à questão de segurança. “A gente pega a estrutura da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), com as ruas fechadas, para não acontecer acidentes com as crianças”.
Marinho comentou que, antigamente, cada escola mirim tinha um contingente de 1,5 mil a 3 mil crianças. Com o corte de verba contínuo da prefeitura carioca, o número varia agora entre 500 e mil participantes por agremiação. Lembrou que, no passado, o total de participantes era 40 mil crianças, número que caiu para 18 mil a 20 mil hoje.
Custos das escolas mirins
Segundo o presidente da Aesm-Rio, os recursos aplicados pela prefeitura, por meio da Empresa Municipal de Turismo (Riotur), alcançavam anteriormente R$ 1,3 milhão. Este ano, são somente R$ 330 mil “divididos com 16 escolas”. Edson Marinho afirmou que o custo de uma escola mirim é elevado porque tem que pagar carnavalesco, carpinteiro, ferreiro, tudo que uma escola de samba grande tem, “para fazer uma coisa direito, ao pé da letra”. Marinho estimou que cada escola teria que receber R$ 200 mil para poder “montar o carnaval” com material de primeira, “como tem que ser”, e com dois carros alegóricos, cada, com engenheiro. “Isso seria o ideal”, comentou.
Enredos
Confira a seguir os enredos das escolas de samba mirins no carnaval de 2020:
Ainda Existem Crianças de Vila Kennedy: Falar das rosas é perfumar uma canção
Corações Unidos do Ciep: Palhacices e Palhaçadas são espelho da vida. O fantástico mundo do circo
Golfinhos do Rio de Janeiro: Guardiões do Sorriso
Pimpolhos da Grande Rio: A cor de Carolaine
Miúda da Cabuçu: Silvano Augusto: Fazer o bem sem olhar a quem. Uma mensagem de paz nos versos de um poeta
Mangueira do Amanhã: Amazonas ouro e verde do Brasil
Filhos da Águia: Nova Ylu Ayê
Inocentes da Caprichosos: Inocentes Tênis Clube. Dando um ‘ace’ na folia suburbana
Império do Futuro: Mentira
Herdeiros da Vila: Chegou a patota de Cosme e Damião
Aprendizes do Salgueiro: No Aprendizes do Salgueiro, Tijucano é Cajuti
Infantes do Lins: Feliz por um dia
Estrelinha da Mocidade: A hora é essa! Vem brincar com a Estrelinha
Petizes da Penha: Penha. Fé no coração, música na alma e bola no pé
Nova Geração do Estácio: Filhos da Terra contra Mister Poluição: A nova geração vai te dar uma lição
Tijuquinha do Borel: Do trigo se faz o pão e das crianças se faz a esperança. Agencia Brasil
Comentários