Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Um grupo de investigadores da Universidade de Cardiff, no País de Gales,
encontrou um novo tipo da "Célula T" - responsável pela defesa do
organismo contra ameaças desconhecidas, como vírus e bactérias - que
poderá atacar e destruir a grande maioria dos tipos de câncer.
A descoberta foi publicada na revista científica Nature Immunology e ainda
não foi testada em doentes. Contudo, os investigadores acreditam que,
embora o trabalho ainda esteja em estágio inicial, a descoberta tem
“enorme potencial”, diz a BBC.
Os cientistas encontraram uma célula no sangue das pessoas que pode
avaliar se existe uma ameaça a ser eliminada. Essa nova célula imune
suporta um receptor que age como um gancho, que se agarra à maioria dos
cânceres ao mesmo tempo que ignora as células saudáveis.
Andrew Sewell, responsável pelo estudo, afirma que é “altamente incomum”
encontrar uma célula com potencialidades terapêuticas assim tão vastas no
combate ao câncer e que a descoberta aumenta a perspectiva de criar uma
“terapia universal”.
“A nossa descoberta aumenta a perspectiva para os tratamentos contra o
câncer. Esse tipo de célula pode ser capaz de destruir muitos tipos
diferentes da doença. Antes, ninguém achava que isso fosse possível. Essa
foi uma descoberta acidental, ninguém sabia que essa célula existia”,
contou Sewell ao The Telegraph.
A equipe de investigadores descobriu que o novo tipo de célula T pode
encontrar e matar grande diversidade de células cancerígenas, incluindo as
presentes no câncer de pulmão, pele, sangue, mama, osso, próstata,
ovário, rim e colo do útero.
Embora o processo como a célula ataca outras células ainda não seja
compreendido, os cientistas acreditam que o receptor das células T interage
com uma molécula, chamada MR1, que existe na superfície de todas as
células do corpo humano.
“Somos os primeiros a descrever uma célula T que se encontra com a MR1
nas células cancerígenas. Isso nunca foi feito antes”, afirmou Gary Dolton,
que participa da investigação, em entrevista à BBC. Agencia Brasil